sábado, 27 de setembro de 2014

10 INDICADORES BÁSICOS PARA UMA BOA ANÁLISE DE EMPRESA




10 Indicadores Básicos para Uma Boa Análise de Empresas


INTRODUÇÃO
Hoje vamos tecer alguns comentários sobre 10 Indicadores Básicos de Performance para que possamos realizar uma boa análise econômico-financeira em uma empresa, para medir a qualidade dos investimentos e sua respectiva liquidez.
O fato de citarmos 10 indicadores não significa que não caibam mais 1 ou 2 indicadores neste painel de indicadores básicos. O importante é notar que o número de indicadores básicos é enxuto. Nada de imaginar que uma boa análise demande a elaboração de 20, 30 ou 40 indicadores.

1. QUAIS SÃO ELES?

Recomendamos que se divida a análise de uma empresa em 2 focos:
  • Qualidade dos investimentos (qualidade dos capitais empregados).Uma empresa é um conjunto de investimentos. Estes investimentos são financiados por capitais. Portanto, quando se analisa uma empresa, se deseja saber como anda o retorno sobre os investimentos, ou o retorno sobre os capitais empregados. Para responder a esta pergunta precisamos de 8 (oito) indicadores.
  • Liquidez (capacidade de pagamento). Quando analisamos uma empresa queremos saber sobre sua capacidade de pagamento.Queremos saber se a empresa gera caixa para cobrir todos os gastos com a operação, cobrir os investimentos em capital de giro e capital fixo, cobrir o pagamento do serviço da dívida (juros mais principal) e cobrir o pagamento de dividendos. Para realizar esta análise precisamos de 2 (dois) indicadores.
A análise da qualidade dos investimentos e da liquidez pode ser feita com base em demonstrações financeiras encerradas ou projetadas.
Importante:
O fato de citarmos 10 indicadores não significa que não caibam mais 1 ou 2 indicadores neste painel de indicadores básicos. O importante é notar que o número de indicadores básicos é enxuto. Nada de imaginar que uma boa análise demande a elaboração de 20, 30 ou 40 indicadores.
Óbvio que poderemos apresentar um quadro anexado contendo tantos indicadores quanto forem necessários para complementar a análise da empresa. Ou seja, há um núcleo básico de indicadores e um núcleo complementar.
O entendimento fluente deste texto pressupõe que acompanhamento sistemático de alguns textos de análise anteriores.

2. EXEMPLO

Os indicadores abaixo foram elaborados com base em demonstrações financeiras projetadas.
Os Balanços Patrimoniais se referem às seguintes datas: 31 de dezembro de 2003, 2004, 2005 e 2006. Os indicadores pontuais estão alinhados com estas datas.
As Demonstrações de Resultado se referem aos anos de 2004, 2005, 2006 e 2007. Osindicadores de período estão alinhados com estas datas.
A seguir encontramos os 10 indicadores básicos devidamente identificados para avaliar empresas.

Qualidade dos Investimentos




3. COMENTÁRIOS

No primeiro bloco encontramos os 8 principais indicadores para medir a qualidade dos investimentos.
No segundo bloco encontramos os 2 principais indicadores para medir a liquidez de uma empresa.
Os indicadores para analisar a qualidade dos investimentos se destacam pela suainterligação.
No topo da pirâmide encontramos o MVA – Market Value Added. O MVA captura todo o fluxo de EVAs projetados.
O MVA é o valor presente do fluxo de EVAs. No nosso exemplo, o EVA projetado para 2007 de $5.514 foi considerado em regime de perpetuidade,
MVA positivo é a medida de criação de valor para o acionista. É o valor de mercado estimado para o capital do acionista, adicionado em relação ao patrimônio líquido contábil.
Em outras palavras: significa o quanto o acionista está mais rico em relação ao capital empregado.
Depois temos a projeção do fluxo de EVAs. Todos eles positivos e crescentes. Significa que cada ano contribui para a criação de mais valor em relação ao ano anterior.
EVAs positivos significam que o lucro da operação cobre todo o custo do capital empregado e deixa um excedente de retorno, o próprio EVA.
Ou seja, EVAs positivos significam que o retorno sobre os investimentos supera o custo do capital empregado.
O fluxo projetado de EVAs está perfeitamente alinhado com o MVA.
O MVA de $33.387 é igual ao seguinte fluxo projetado de EVAs trazido a valor presente:



MVA e EVAs positivos confirmam o bom desempenho dos investimentos realizados (ou dos capitais empregados).
Os EVAs são desmembrados em 3 componentes:
  1. O RAOL – Retorno sobre o Ativo Operacional Líquido.
  2. O CMPC – Custo Médio Ponderado de Capital (ou simplesmente custo de capital).
  3. O AOL – Ativo Operacional Líquido, que representa a base de ativos que precisa ser remunerada, que é equivalente ao conjunto dos capitais empregados.
O AOL (base de ativos) é crescente. Significa ano a ano mais investimentos, ou mais capitais empregados.
Se o leitor pegar sua calculadora financeira, verificará o crescimento anual do volume de capital de terceiros equivale ao crescimento do volume de patrimônio líquido.
Significa que a estrutura de capital permanece idêntica, ou seja, a proporção entre autilização de capitais de terceiros e capital próprio permanece constante.
Como o custo do capital de terceiros é de 6,6% ao ano e o custo do capital próprio é de 15% ao ano, o custo de capital (ou CMPC) permanece em 11,09% ao ano para todo ociclo das projeções.
O custo médio ponderado do capital de 11,09% é resultado de uma média aritmética ponderada:


  • CCT% = Custo do Capital de Terceiros
  • CCP% = Custo do Capital Próprio
Portanto, os EVAs crescem somente em função do aumento do RAOL que é resultado da relação entre o lucro operacional depois do IR/CSLL e o AOL.
O RAOL é desmembrado em dois indicadores:
  • A margem operacional e
  • O giro sobre os investimentos.
A margem operacional é resultado da divisão entre o lucro operacional depois do IR/CSLL a as receitas.
O giro sobre os investimentos é resultado da divisão entre as receitas e o AOL.
No nosso exemplo, conforme mencionado, o RAOL é crescente. Todavia, resultado de uma queda permanente do giro sobre os investimentos mais que compensada por um aumento constante na margem operacional
Este comportamento sinaliza que a empresa realizou investimentos em projetos que não elevam receitas, mas sim reduzem custos.
A diferença entre o RAOL e o CMPC, multiplicada pelo AOL equivale ao EVA.
Portanto, há um extraordinário alinhamento entre o MVA e a evolução dos EVAs, RAOL, Margem, Giro e Custo do Capital.
Do ponto de vista da liquidez, foram 2 os indicadores selecionados..
  • O indicador de cobertura dos juros (ICJ) e
  • Indicador de cobertura do serviço da dívida (ICSD) - pagamento dos juros mais o principal.
O ICJ está praticamente estável no patamar de 1,8 vez. Significa que em todos os anos a geração de caixa para cada 1 (um) real de pagamento dos juros é de $1,80.
O ICSD é crescente e nunca inferior a 4 (quatro). Significa quer para cada $1 real de pagamento de juros e principal, a empresa gera um caixa mais de $4.
Um ICSD sistematicamente maior do que o ICJ, como no exemplo, indica que somente está sendo pago um pedaço dos juros incorridos. O pedaço restante mais o principal estão sendo capitalizados.
BOA SORTE

sábado, 20 de setembro de 2014

COMO ATUALIZAR CONTRATOS USANDO ÍNDICES FINANCEIROS






AUTOMATIZAÇÃO NA ATUALIZAÇÃO DE CONTRATOS: ALGUMAS CONSIDERAÇÕES
  • Como é possível apresentar valores contratuais reajustados através de índices financeiros acumulados desde a data da contratação?
  • Como isso pode ser feito automaticamente, utilizando números índices em faixa de períodos diferentes sem a necessidade de ajustes constantes nas fórmulas?
  • Suponha que você tenha que apresentar o reajuste de alguns contratos, todos eles pela taxa mensal SELIC mais 1% ao mês . Para facilitar, vamos supor que todos os contratos utilizam essa metodologia.
  • Como fazer para importar dados externos de um site que tenha o histórico do índice requisitado em acordo com cada contrato?
O presente estudo tem por base os dados tabela abaixo, assim como a disponibilização de um link para que você baixe todas informações para a montagem da planilha de excel que produzirá a automatização da atualização dos valores dos respectivos contratos:  Baixar planilha



Informações

  • Suponha que você tenha que apresentar o reajuste de alguns contratos, todos eles pela taxa mensal SELIC mais 1% ao mês. Para facilitar, vamos supor que todos os contratos utilizam essa metodologia.
  • Considere que os ajustes são calculados a partir do mês subseqüente ao mês da assinatura do contrato até o mês anterior do mês atual;
  • Considere também que deve ser apresentado em destaque a taxa acumulada mais o adicional mensal até o mês anterior do mês atual;
  • Deve ser apresentado também o mês e anos em que deve ser iniciado o reajuste e o mês atual de atualizado já no primeiro dia do mês;
  • Para facilitar os nossos cálculos considere que todos os contratos foram firmados sempre no primeiro dia de cada mês;

O que fazer?

  • Para calcular a taxa acumulada desde a data de contratação até o mês atual, mas de forma automática?
  • Para importar dados externos de um site que tenha o histórico do índice requisitado, em acordo com cada contrato?
  • Para apresentar automaticamente a data de início e fim dos em que deverá ocorrer o reajuste do contrato?
  • Para estruturar uma forma de busca do mês subseqüente ao mês do contrato para iniciar os reajustes?
  • Para apresentar a taxa acumulada desde a sua criação até a data atual?
  • Para apresentar a taxa acumulada anual?

Problema

  • Como é possível apresentar valores contratuais reajustados através de índices financeiros acumulados desde a data da contratação?
  • Como isso pode ser feito automaticamente, utilizando números índices em faixa de períodos diferentes sem a necessidade de ajustes constantes nas fórmulas? Para saber, clique Baixar planilha
BOA SORTE


sábado, 13 de setembro de 2014

COMO DIMENSIONAR O INVESTIMENTO EM UM PROJETO - PARTE 2



COMO DIMENSIONAR O INVESTIMENTO EM UM PROJETO - PARTE 2


INTRODUÇÃO
Dando continuidade a “Como Dimensionar o Investimento em Um Projeto – 1”, vamos dar prosseguimento à estruturação do investimento total para um projeto. Para que isto aconteça, devemos primeiramente elaborar a programação dos investimentos que geralmente são baseados em estudos técnicos e de engenharia.
Porém, para determinação do Capital de Giro necessário para um projeto, nem sempre temos pronto em nossas mãos um Balanço Patrimonial onde podemos obter os valores do Ativo Circulante e do Passivo Circulante. Esta forma seria a mais fácil para se determinar o Capital de Giro Líquido.
Desta forma, apresentamos aqui um método alternativo para determinação deste importante item para o cálculo do Investimento Total necessário para um projeto e como as necessidades e fontes de recursos não ocorrem todos em um mesmo momento é necessária a elaboração de um cronograma de desembolsos de um projeto e a determinação das origens de recursos para o mesmo.
A programação dos investimentos fundamenta-se nas conclusões dos estudos elaborados pelos projetos técnicos da engenharia ou técnicos especializados, considerando o a própria engenharia básica, arquitetônica, construção civil, de instalações, de segurança industrial e de proteção ao meio ambiente, composta dentro outros, dos seguintes itens:
1 . Imobilizações Técnicas
  1. Terrenos e melhorias
  2. Construções civis / edificações
  3. Instalações
  4. Máquinas e equipamentos
  5. Tecnologia
  6. Veículos
  7. Móveis e utensílios
2. Gastos de Implantação e Pré-Operacionais
  1. Planejamento, organização e eventuais
  2. Despesas fiscais e transportes
  3. Despesas de montagem
  4. Estudos, projetos e consultorias
  5. Administração do projeto
  6. Despesas financeiras na execução do projeto
  7. Pré-operação e fases de testes
Contabilmente, as Imobilizações Técnicas correspondem ao Ativo Imobilizado, enquanto os Gastos de Implantação e Pré-Operacionais equivalem ao Ativo Diferido e a soma dos dois, no projeto, fornece o INVESTIMENTO FIXO, que representa o Ativo Permanente.
Cada um dos itens considerados anteriormente deve, ao constar no projeto, serem analisados e justificados. De modo geral, deverão todos serem apresentados as seguintes informações:
  • Descrição das principais características; Especificações técnicas;
  • Justificativa da escolha;
  • Prazos de aquisição, execução ou entrega; Custos;
  • Condições e períodos de pagamento.
Estas informações fundamentarão o estudo financeiro do projeto e a conseqüente elaboração do fluxo de caixa (cronograma de desembolsos, usos e fontes dos recursos).
Como vimos na publicação anterior, o método tradicional de se calcular o Capital de Giro de uma empresa é efetuado pela diferença entre o Ativo Circulante e o Passivo Circulante.
Um outro método alternativo seria através do cálculo das NECESSIDADES e dos RECURSOS, considerando o giro de cada uma das contas mais importantes, elaborados da seguinte forma:
NECESSIDADES
Caixa Mínimo
(CustoTotal  Depreciação Numde dias necessários de Caixa/360
Financiamento de Vendas
(CustoTotal  Depreciação)×% de Vendas prazo × prazo médio concedido/360
Obs: Custo Total = Custo dos Produtos Vendidos + Despesas Operacionais + Despesas Financeiras com Empréstimos de Curto Prazo para Giro
Estoques
Matérias-Primas
(Custo Anual /Matéria −Prima) × Numde dias de estoques mínimo/360
Materiais Secundários
(Custo Anual /Matérial Secundário) × Numde dias de estoques mínimos/360
Produtos em Processo
(Custo Industrial  Depreciação Numde dias de estoque de Produtos em Processo/360
Produtos Acabados
(Custo Industrial  Depreciação Numde dias de estoque de Produtos Acabados/360
Peças e Material de Reposição
% sobre o valor total de Máquinas, Equipamentos e Veículos
Outros
Deverão ser consideradas as necessidades não classificadas nos itens anteriores e que, comprovadamente, façam parte do ciclo operacional da empresa.
RECURSOS
Crédito de Fornecedores
(Total anual das compras) ×% de compras prazo × prazo médio obtido/360
Desconto de Duplicatas
Faturamento ×% de Vendas prazo ×% descto prazo médio concedido/360
Financiamento para Giro
Este item deve representar o saldo dos empréstimos de curto prazo disponíveis destinados a financiar parte do Ativo Circulante. Obs: As despesas financeiras deste item deverão constar na Projeção de Resultados.
Impostos
Este item deverá registrar recebimentos relativos a impostos e contribuições (IR,ICMS, PIS, COFINS, ISS, etc.) que, retidos no ato da operação ou pagamento, passam a fazer parte do giro da empresa até a data do seu devido recolhimento e seu valor deverá ser calculado, observando-se a mesma proporcionalidade do último exercício em relação ao total das necessidades.
Outros
Deverão ser considerados, neste item, saldos de diversas contas a pagar anteriormente e não classificadas.
Capital de Giro Próprio
É obtido pela diferença entre todas as NECESSIDADES confrontados com a soma dos RECURSOS.
O investimento total do projeto é resultante da soma do investimento fixo (ativo permanente) com o capital de giro líquido (ativo circulante – passivo circulante). Este investimento deverá ser financiado por bancos (exigível de curto e longo prazo) e/ou recursos próprios (patrimônio líquido).
Compõem o investimento total, entre outros, os seguintes itens:
1. Investimento Fixo
2. Capital de Giro Líquido
Os elementos para a valoração dos itens acima, como visto, são fornecidos pelos estudos técnicos (Investimento Fixo = Imobilizações Técnicas + Gastos de Implantação e Pré-Operacionais) e financeiro (Capital de Giro Líquido).
É importante lembrar que para cada valor acrescentado junto ao Ativo Circulante (como Duplicatas a Receber, Estoques, etc.), estes deverão ser “financiados”, de alguma forma, por um grupo de contas correspondentes no Passivo Circulante (Fornecedores, Impostos a Pagar, etc.).
Quando isto não ocorre, será necessário buscar recursos para equilibrar os compromissos de curto prazo e manter a empresa “girando” as suas operações.
Vamos agora exemplificar o Investimento Total através de um quadro numérico hipotético:
Quadro I – Investimento Total

Obs.: O detalhamento e abertura das Imobilizações Técnicas e Gastos de Implantação e Pré-Operacionais depende de cada projeto. O modelo apresentado acima é apenas uma sugestão e cada caso deve ser analisado separadamente, dando destaque e abertura para os valores mais significativos, tomando o cuidado para que as contas não fiquem detalhadas em demasia para uma melhor análise dos valores.
O cronograma financeiro do projeto é elaborado tomando-se por base os seguintes aspectos:
  • Condições técnicas / operacionais ditadas pela engenharia;
  • Bases negociais para a estruturação do projeto;
  • Ajustamento às fontes de recursos.
A execução do projeto – expressa no cronograma físico – estabelece as condições técnicas / operacionais que fixam os prazos de início, duração e conclusão das diversas etapas das obras, da aquisição e máquinas e equipamentos e dos demais itens que compõem o investimento fixo.
Trata-se de procedimentos seqüenciados que normalmente objetivam a eficácia dos esforços mobilizados, redução de prazos e de custos.
Nestes termos, cada item do projeto possui, a par do seu cronograma físico, o cronograma financeiro que define um calendário de pagamentos.
O estabelecimento das bases negociais refere-se aos esforços mobilizados para a obtenção da melhor combinação de prazos e condições de pagamento – para cada item do projeto – de sorte a otimizar a aplicação dos recursos, minimizando os encargos financeiros e o custo de capital empatado.
O ajustamento às fontes consiste na adequação dos prazos e das condições de pagamento à sistemática operacional dos financiadores. Ou seja, consiste na compatibilização do fluxo de caixa da execução do projeto com o fluxo de recursos disponíveis pelas fontes.
Evidentemente que a montagem do cronograma de desembolsos consiste num esforço de estimativa, corrigível e ajustável, posteriormente, no estágio de execução do projeto. A sua estruturação, contudo, é essencial para definir-se o esquema das fontes de financiamento.
Exemplo de cronograma de desembolsos para projeto de grande porte:
Quadro II - Cronograma de Desembolsos (Em R$ mil) (*)

(*) Com base nos dados do Quadro II ; (**) A realização foi prevista para 4 semestres.
A definição das fontes de financiamento envolve uma questão de alavancagem financeira. Ou seja, a decisão quanto à proporção da participação dos recursos próprios e de terceiros no investimento, depende dos resultados comparativos de diferentes taxas internas de retorno obtidas pelo projeto em consonância ao esquema de fontes adotado.
Exemplificando:
Vamos supor que um investimento de R$212.791,00, assumido inteiramente com recursos próprios apresenta, por exemplo, um taxa interna de retorno de aproximadamente 15% a.a.
O mesmo investimento financiado em 50% com taxa de juros real de 10% a.a., apresenta para os recursos próprios investidos (agora somente 50% do investimento total) uma taxa interna de retorno de 20%, considerando que o custo de capital de terceiros seja inferior ao custo do capital próprio.
Neste caso, tornou-se vantajoso o financiamento, posto que, o despeito das despesas financeiras reduziram o lucro do empreendimento (ou seja, o lucro será maior do que aquele obtido com todo o investimento realizado com recursos próprios), a taxa interna se eleva de 15 para 20% a.a., aumentando o nível da remuneração do capital próprio.
Na prática, a aplicação do conceito de alavancagem é bastante dificultada no Brasil pelo processo inflacionário, oscilação da taxa do dólar e determinadas peculiaridades da legislação.
Outrossim, a opção dos empresários, quanto a uma maior ou menor participação dos recursos de terceiros em seu esquema de fontes, é condicionada pelas suas limitações financeiras (que podem reduzir suas margens de alternativas) e pelas exigências das fontes externas de financiamento, como por exemplo a necessidade de apresentar garantias reais.
Contudo, não se deve perder de vista que o objetivo do investimento é a obtenção de lucro que assegure uma justa remuneração do capital aplicado comparativamente à mesma aplicação deste capital em outras formas de investimento.
Daí ser necessário buscar uma composição do esquema de fontes de recursos que apresentem os melhores resultados e possam propiciar a maximização do retorno sobre o investimento empregado.
Quadro III – Uso e Fontes dos recursos (Em R$ mil)

Boa Sorte