Introdução
* Planilha de gestão estratégica tributária pronta para uso está disponível, bastando ser solicitada através do e-mail: albertolima3@gmail.com
Como simular e fazer a gestão estratégica tributária de uma empresa para verificar os perigos da inadimplência e analisar a melhor forma de tributação federal?
Essa planilha apresenta uma forma de gestão estratégica da estrutura tributária de uma empresa hipotética, considerando quatro pontos básicos:
- Mix dos produtos;
- Destino das vendas;
- Possibilidade de redução tributária e crédito tributário;
- Forma de tributação (Real, Presumido ou Simples)
- Nível de inadimplência.
A decisão da escolha do tipo de tributação federal entre o Lucro Presumido, Lucro Real e o Simples passou a ser estratégico e são recomendáveis simulações constantes para se analisar a melhor forma de tributação para que não se caia na tentação da inadimplência e correr riscos maiores e desnecessários.
Vamos ver que funções e ferramentas do Excel podem nos ajudar nessa decisão.
Planilha inicial com as premissas para as simulações e tomada de decisão:
Orientações para a montagem da planilha que permitirá realizar as simulações e definir a solução estratégica mais adequada ao perfil tributário da empresa:
Montagem da planilha
- Com
base nos dados das premissas obtidas junto a planilha do nosso problema
dever dividir o analisar o faturamento sobre as três óticas do
faturamento: Lucro Presumido, Lucro Real e Simples. Para ficar mais fácil
comparar os valores vamos criar uma coluna para cada tipo de tributação;
- Para
ficar mais claro vamos separar o faturamento em 01 (oferecido à
tributação) e 02 (não oferecido à tributação);
- Na
seqüência devemos deduzir os impostos sobre venda, conforme já calculado na planilha de
premissas;
- Para
facilitar a nossa simulação, vamos considerar que os custos sejam em média
65% do valor do faturamento, enquanto que as despesas representam cerca de 20%, para que possamos chegar ao Lucro a Tributar;
- Na linha
45 vamos calcular o IRPJ para cada tipo de tributação, sendo:
- Para
o Lucro Presumido: =-Faturamento 01*8%*15%;
- Para
Lucro Real: Utilize a função SE da
seguinte forma: =SE(Lucro a Tributar<0;0;-Lucro a Tributar * 10%);
- Para
o Simples não temos esse cálculo.
- Na linha
46 vamos calcular o Adicional do IR, sendo:
- Para
o Lucro Presumido: Vamos utilizar a função SE novamente da seguinte
forma:
- =SE(((Faturamento
01*15%)-240000)<0;0;-((Faturamento 01*15%)-240000)*10%)
- Para
Lucro Real: Utilize a função SE da
seguinte forma:
- =SE((Lucro
a Tributar-240000)<0;0;-((Lucro a Tributar-240000)*10%))
- Para
o Simples não temos esse cálculo.
- Na linha
47 vamos calcular a CSLL, sendo:
- Para
o Lucro Presumido: =-(Faturamento 01*12%)*9%
- Para
Lucro Real: =SE(Lucro a Tributar < 0;0;-Lucro a Tributar*9%)
- Para
o Simples não temos esse cálculo.
- Na linha
48 vamos calcular o PIS, sendo:
- Para
o Lucro Presumido: =-(Faturamento 01*0,65%)+(Valor Total de
Compras*0,65%)
- Para
Lucro Real: =-(Faturamento 01*1.65%)+(Valor Total de Compras*1.65%)
- Para o Simples não temos esse cálculo.
- Na linha
49 vamos calcular o COFINS, sendo:
- Para
o Lucro Presumido: =-(Faturamento 01*3%)+(Valor Total de Compras*3%)
- Para
Lucro Real: =-(Faturamento 01-Valor Total de Compras)*7,6%
- Para
o Simples não temos esse cálculo.
- Na linha
50 vamos calcular o SIMPLES, sendo:
- Não
existe esse cálculo para o Lucro Presumido;
- Não
existe esse cálculo para o Lucro Real;
- Para
o Simples vamos utilizar a função PROCV para buscar a alíquota na
tabela do SIMPLES da outra planilha, concatenada com a função SE,
da seguinte forma:
- =-SE(Faturamento
01>5.000.000;
- 15,3%;
- PROCV(Faturamento
01; Tabela SIMPLES!B8:D30;3;1))
- *Faturamento
01
- Na
seqüência calculamos na linha 51 o Lucro/(Prejuízo) Líquido I,
antes da simulação da atuação fiscal;
- Na linha
52 calculamos a Margem Liquida I analisada até o momento;
- Na linha
53 vamos considerar uma simulação de uma Despesa Não Operacional,
ocasionada por uma eventual atuação fiscal devido a % de inadimplência.
Nesse caso estruturamos uma tabela à parte para calcular detalhadamente
todos os impostos sobre o Faturamento 02 que não havia sido
tributado, inclusive o ICMS;
- Lembramos
nesse momento que, no caso de atuação fiscal, teremos uma multa de cerca
de 150% sobre o imposto devido, porém sem nenhum benefício fiscal
sobre a parte devida;
- Além
disso, existe a possibilidade de ser financiado em até 60 meses,
mas com uma taxa de juros mensal de 1,8% a.m., onde consideramos o pagamento
dos 12 primeiros meses em nosso cálculo anual para apurar o Lucro/(Prejuízo)
Líquido II e a Margem Líquida II.
- Para
ter uma melhor visão da escolha do tipo do regime de tributação mais
adequado, simulamos através da ferramenta TABELA diversos níveis de
faturamento e cruzamos com os eventuais percentuais de inadimplência para
verificar o provável “estrago”
financeiro que possa provocar.
- Na
seqüência apresentamos em uma última tabela a comparação dos três tipos de
tributação para que o Excel apresente a melhor opção, destacada pela
ferramenta de FORMATAÇÃO CONDICIONAL.
Conclusão
Por
comodidade ou desconhecimento, muitas empresas preferem se manter no sistema SIMPLES
de tributação, por considerar “mais fácil”. Nem sempre o contador alerta contra
os perigos no aumento da tributação e para “sobreviver” preferem partir para níveis
indesejados de inadimplência, ao invés de fazer uma gestão estratégica
tributária adequada e analisar outras formas de tributação em decorrência do
crescimento dos seus negócios.
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