quarta-feira, 28 de março de 2012

ANÁLISE DE VIABILIDADE DE UM INVESTIMENTO - FRANQUIA

Esta planilha integra um conjunto de dados, informações e índices de avaliação de retorno de investimento, produzidos por ocasião da elaboração de um projeto de abertura de uma franquia comercial, cuja análise, nesse caso, é bastante favorável pela implantação do projeto, em virtude dos seus elevados índices de viabilidade.

Por Alberto Lima Consultor de Franchise

terça-feira, 20 de março de 2012


PRINCIPAIS SEGMENTOS DE FRANQUIAS NO BRASIL – ALGUNS INDICADORES – 2001/2010

Alberto Lima
Consultor de Franchise

As informações obtidas das tabelas baixo, com dados de faturamento e unidades (lojas), dos anos de 2001, 2009 e 2010, da Associação Brasileira de Franchising, são bastante esclarecedoras a respeito da relevância desse setor para a economia brasileira, como também fornecem importantes dicas para pessoas empreendedoras, empresários que querem diversificar seus investimentos ou ainda aqueles que resolveram concretizar seus sonhos de terem um negócio próprio, indicando-lhes os vários segmentos de atuação que compõem o mercado de franquias no Brasil, quanto faturam, número de lojas, vendas mensais por lojas e evolução de suas participações nesse mercado de 2001 a 2010.


FATURAMENTO MENSAL P/LOJA(R$)
PARTIC.POR SEGMENTO
CRESCIMENTO %
SEGMENTOS
2001
2009
2010
2001
2009
2010
2001
2010
Negócios, Serviços e Outros Varejos
57.466
94.059
96.577
37
29,5
27,5
68,1
Esportes,Saúde,Beleza e Lazer
69.629
86.204
106.034
13
15,6
15,5
52,3
Educação e Treinamento
32.076
35.181
37.268
11,9
8,2
7,5
16,2
Alimentação
32.554
57.734
63.491
13,3
17,3
20
95,0
Vestuário
55.148
63.482
65.198
6,7
8,1
8,6
18,2
Acessórios Pessoais e Calçados
79.060
205.253
185.144
1,6
5,9
6,3
134,2
Veículos
22.845
50.367
53.123
3,1
4,2
3,6
132,5
Móveis, Decoração e Presentes
24.323
26.696
27.384
4,5
4,4
4,6
12,6
Limpeza e Conservação
79.555
69.106
81.230
1,6
1
0,9
2,1
Fotos, Gráficas e Sinalização
41.033
70.672
77.041
5
2,4
2
87,8
Informática e Eletrônicos
20.675
53.863
55.136
1
1,5
1,4
166,7
Hotelaria e Turismo
50.689
99.206
108.105
1,2
2
2
113,3
TOTAL



100
100
100


Dos dados acima podemos perceber:
        

O Segmento de Informática e Eletrônicos, apesar de ter sido o que apresentou maior crescimento no volume de vendas por loja, praticamente não melhorou sua participação no ranking geral das franquias em 10 anos ( 1,0/1,4), comportamento que sugere a ocorrência de apenas aumento dos preços relativos dos produtos vendidos; 

· Acessórios Pessoais e Calçados foi o segmento que apresentou melhores taxas de crescimento combinados, com as vendas aumentando 134,2% e seu peso na composição do quadro geral de Franquias evoluindo de 1,6% para 6,3%; 

· Negócios, Serviços e Outros Varejos; Educação e Treinamento; Veículos; Móveis, Decoração e Presentes; Limpeza e Conservação; Fotos, Gráficas e Sinalização foram os segmentos que apresentaram modestos níveis de crescimentos de vendas, mas tiveram diminuição de suas participações no quadro geral de Franquias; 

· O Segmento de Alimentação mostrou-se com bom desempenho, uma vez que teve crescimento de 95,0% nas vendas e aumentou sua participação no quadro geral das franquias em 20%

sexta-feira, 9 de março de 2012

TRANSFORME SEU NEGÓCIO EM FRANQUIA


Para multiplicar o modelo do seu negócio de sucesso e transformá-lo em uma franquia, é preciso muito planejamento e cuidado. A vice-presidente da ABF (Associação Brasileira de Franquias) Maria Cristina Franco elencou dez passos essenciais que precisam ser tomados antes da oferta de franquias. O mercado é promissor, segundo ela. Mesmo com a ameaça dos efeitos da crise na Europa, a expectativa da ABF é de crescimento, em torno de 15%, do sistema de franchising no Brasil em 2011, se comparado ao ano anterior.

Saiba quais são os principais passos para transformar seu negócio em franquia

1. Propriedade da marcaPara se tornar um franqueador, é preciso primeiro ter os direitos sobre o nome a ser usado. Cheque antes no Inpi (Instituto Nacional da Propriedade Industrial) se a marca está liberada para registro
2. Reserva de caixa para iniciar o processoPara negócios de pequeno porte é preciso, no mínimo, R$ 300 mil. Esse recurso será usado apenas para dar o pontapé no processo – estudos, formatação e assessoria jurídica
3. Definição das taxasO investimento inicial do franqueador e todas as taxas devem estar claros. Calcule a taxa da franquia, que remunera pelo uso de sua marca, de propaganda, de royalties e de manutenção
4. Manual administrativo financeiroEle deixa claro, por meio de planilhas, qual a lucratividade do negócio e qual tempo previsto para se reaver o capital investido na franquia. O estudo deve conter os dados de operação da matriz – capital social, faturamento, custos fixos e variáveis, lucro líquido e outros – por, pelo menos, 12 meses
5. Manual de uso de marcaO documento zela pelo bem mais precioso da relação de franquia. Deve expor, em detalhes, tudo aquilo que é permitido e o que é proibido ao franqueador ao usar a marca
6. Modelos de treinamentoO franqueador precisa definir como o franqueado deve treinar sua equipe para manter o mesmo padrão de atendimento em todas as lojas. As capacitações devem ser organizadas em manuais
7. Estruturar a loja pilotoA matriz deve servir de exemplo de aplicação de todos os padrões a serem usados nas franquias. Franqueados e interessados devem poder visitar essa loja para tirar dúvidas sobre layout e as formas de se usar a marca
8. Estratégia de venda de franquiaO franqueador deve estudar qual a melhor tática para ofertar unidades. Ele pode optar por firmar contratos em todo o país, somente nas cidades do entorno da matriz ou apenas no estado onde já atua
9. Elaboração da circular de ofertaEssa fase é fundamental. Trata-se do documento com todos os direitos e deveres das partes, bem como quatro instrumentos jurídicos: licença de uso da marca, transferência de tecnologia e know-how, fornecimento e prestação de serviços. Deve ser feito por um advogado especialista no ramo
10. RelacionamentoDesde o primeiro momento, o empresário deve ter em mente que se tornar um franqueador implica em estabelecer um vínculo muito próximo com um novo parceiro por prazos longos, que variam de 3 a até 10 anos. Por isso é necessário que a parceria seja a mais produtiva e cortês possível

Redes de franquias de até R$ 50 mil que mais crescem



O setor de microfranquias, cujo investimento inicial é de até R$ 50 mil, tem ampliado sua participação no mercado. Em 2011, o número de redes instaladas no país subiu 57,7%, de 213 para 336, segundo o balanço da ABF (Associação Brasileira de Franchising). Do total de marcas, as micro já representam 17% do mercado de franquias. No ano passado, o faturamento dessas empresas atingiu a marca de R$ 3,7 bilhões. 


Para 2012, a expectativa é que o setor se mantenha aquecido, puxado principalmente pelos segmentos de manutenção predial, cuidadores de idosos e educação. “Este cenário mostra que temos novos empreendedores com boas ideias e bons projetos ingressando no mercado, além das grandes franquias que estão investindo em modelos de negócios mais acessíveis”, afirma Artur Hipólito, diretor de microfranquias da ABF.

O segmento de serviço de manutenção foi destaque entre as redes que tiveram a maior expansão em 2011. A marca Doutor Resolve, que inaugurou 352 unidades, quase uma por dia, liderou o avanço. A Seguralta Bolsa de Seguros ficou em segundo lugar, com 117 novas operações, seguida pela Prepara Cursos, que abriu 112 unidades no ano.

Segundo a ABF, o Brasil é o quarto país do mundo em redes de franquias, com 2.031 marcas no mercado. O país fica atrás apenas de Coreia do Sul (2.400), Estados Unidos (2.300) e China (2.200). Para Hipólito, o setor de microfranquias deve impulsionar o crescimento do franchising brasileiro nos próximos anos. “Se a economia continuar favorável, em um prazo de cinco anos podemos assumir a segunda posição no ranking mundial”, diz.

quarta-feira, 7 de março de 2012

FRANQUIAS - COMO FOI 2011



A ABF anunciou no dia 29 de fevereiro, em um encontro que reuniu mais de 90 pessoas, que o segmento de franquias do Brasil cresceu 16,9% em 2011, atingindo o faturamento de R$ 88,8 bilhões. Atualmente, o franchising representa 2,3% do PIB nacional (considerando um crescimento do PIB de 3,5%, em 2011). 

O estudo da ABF revela que o setor cresceu um pouco mais do que o esperado e que o bom momento da economia nacional e o aumento da renda da população foram os principais motivos dessa alta. 

Os dados foram compilados pela ABF, tendo como base as 2.031 marcas de franquias atuantes no País. Para 2012, a entidade acredita que o ritmo de crescimento fique em torno de 15%. 'O crescimento do setor é sustentável e acompanha a economia do País, apesar de estar crescendo muito acima do PIB', afirma Ricardo Camargo, diretor executivo da ABF. Segundo ele, 15% de crescimento para 2012 é um excelente número e pode até ser considerado conservador, uma vez que estão previstos 43 novos shopping centers ao longo de 2012.

 O número de redes em operação no Brasil cresceu 9,5% e o número de unidades (franqueadas e próprias) chegou a 93.098, que significa um incremento de 7,8% em relação ao ano anterior. Essa expansão resultou na abertura de mais de 60,5 mil novos postos de trabalho. O setor é responsável hoje por mais de 837 mil empregos diretos. Em 2012, o franchising será responsável por 913 mil empregos.

O crescimento no número de unidades poderia ser ainda maior, de acordo com o levantamento. Porém, o alto custo dos imóveis (luvas, aluguéis etc) registrado em praticamente todas as regiões do País inibiu a abertura de novos pontos de venda. 'As redes de franquia avaliam minuciosamente o ponto comercial, pois nem sempre é possível repassar o custo do aluguel para o preço do produto ou serviço oferecido. No último ano, esse custo aumentou entre 2% e 4%, principalmente, no primeiro semestre', explica o executivo.

O número de microfranquias, cujo investimento inicial é de até R$ 50 mil, saltou de 213 para 336, em 2011. Elas já representam 17% do total de marcas e 4% do faturamento do setor, ou seja, R$ 3,7 bilhões.
 
Em 2011, surgiram 176 novas franquias no mercado. Desse total, muitas são marcas já conhecidas do consumidor brasileiro, mas que somente no ano passado adotaram o modelo de franquias como forma de expansão. Entre elas, destacam-se a TAM Viagens, o supermercado Dia%, a loja de roupas Arte na Rua e as marcas Lupo, Hope, entre outras. 

O interesse no Brasil continua alto e, por isso, muitas redes internacionais continuam sondando o mercado nacional. A tendência é de aumento de marcas estrangeiras em operação no Brasil nos próximos anos. Já as redes nacionais, apesar do grande potencial da economia local, não deixaram de pensar na internacionalização. Ao final de 2011, 90 marcas brasileiras já possuíam operações no exterior.  Elas estão presentes em 58 países, em todos os continentes, o que representa 4,7% do total das marcas nacionais.  

Crescimento por Setor  
   
No ranking de faturamento, os cinco segmentos que mais cresceram em 2011 foram:  Hotelaria e Turismo (85,9%), Móveis, Decoração e Presentes (35%),  Esportes, Saúde, Beleza e Lazer (24,3%), Negócios, Serviços e Outros Varejos (14,9%), Alimentação (14,5%) e Acessórios Pessoais e  Calçados (13,15%).

'Os setores que mais cresceram estão relacionados principalmente com o aumento de renda da população e com o ingresso definitivo das mulheres no mercado de trabalho, o que gera aumento de serviços como alimentação fora do lar, lavanderias, reparos domésticos, além de serviços de beleza, saúde e entretenimento', explica Ricardo Camargo.  Ainda segundo ele, o faturamento apresentado pelo segmento de Alimentação também teve influência do aumento de preços, que foram repassados aos consumidores. Já o setor de Vestuário não conseguiu repassar o aumento dos custos para os consumidores, devido à alta concorrência. 

O expressivo crescimento do setor de Hotelaria e Turismo se deve, principalmente, à TAM Viagens que inaugurou 115 operações ao longo de 2011. A cadeia de hotéis Accor também inaugurou oito novas unidades e o hostel Che Lagarto, 11 novas operações no Brasil. 

O grande destaque do setor de Móveis, Decoração e Presentes foi a Dicico, que conta com 51 unidades em operação. A imobiliária Century 21, por exemplo, saltou de 70 para 124 unidades. A Casa do Construtor inaugurou 24 novas lojas e a MultiCoisas, 31. 

No segmento de Esporte, Saúde, Beleza e Lazer os destaques foram: O Boticário, que abriu 177 novas lojas, e a Água de Cheiro, que incrementou a rede com 206 novas lojas. Já as Óticas Carol e Diniz inauguraram 68 e 81 novas unidades, respectivamente. Outro grande destaque nesse setor foram as empresas de depilação. Apenas a Não+Pêlos inaugurou 295 unidades em 2011.

O segmento de Negócios, Serviços e Outros Varejos reúne empresas como lojas de conveniência, supermercados, petshop e serviços em geral. Só o supermercado Dia% inaugurou  113 lojas, atingindo um total de 489 pontos. A rede de conveniência AM/PM inaugurou 92 lojas e a BR Mania, 259. Outros destaques nesse setor foram a Dr. Resolve, com 352 novos franqueados, e a Praquemarido, com 35. 
O setor de Alimentação continua crescendo de forma contínua. Em 2011, cresceu 14,5% e foi responsável pelo ingresso de 54 novas marcas.  Entre elas, estão empresas de iogurtes e sorvetes. Só de iogurtes são 23 redes em operação no Brasil. Das marcas já conhecidas do público, destacam-se a Subway, com a inauguração de 148 lojas, o Bob's com 77 novas unidades, o Spoleto com 41 e o Giraffas com 35. As redes Cacau Show e Brasil Cacau colaboraram com 100 novas lojas cada uma.
   
O setor de Acessórios Pessoais e Calçados apresentou um crescimento orgânico, puxado pelas 76 novas lojas da Havaianas e pelas 62 novas unidades da Chilli Beans.

Já o segmento de Limpeza e Conservação foi impactado pela abertura de 23 novas operações da 5 à Sec, 19 da Dry Clean e 17 da rede Dr.Jardim. 

O segmento de Veículos está exclusivamente ligado a serviços e não à venda de automóveis.  A Localiza, por exemplo, inaugurou 37 novas lojas, a rede de troca de óleo Lubrax+ abriu 76 e outros serviços não param de crescer como o de vistoria de autos, rastreamento e pintura.

O setor de Informática e Eletrônicos teve o crescimento impulsionado pela rede de lojas da operadora Oi e da recém-inaugurada Nokia, que já conta com 19 lojas.

O setor de Vestuário cresceu 7% em faturamento, o que mostra que a competição está acirrada e o repasse de aumentos não está sendo bem aceito pelo consumidor, que está pesquisando mais e aproveitando melhor as promoções. Nesse setor, destacam-se principalmente as cadeias de roupas íntimas como Lupo, Valisere, Hope e Casa das Calcinhas.